Produtores rurais gaúchos reivindicam ajuda ao setor em ato que reuniu cerca de 3 mil pessoas na Capital

Produtores rurais gaúchos reivindicam ajuda ao setor em ato que reuniu cerca de 3 mil pessoas na Capital

Foto: Jürgen Mayrhofer (Secom RS)

Milhares de produtores rurais do Estado participaram de um ato do Movimento SOS Agro RS, em Porto Alegre, na manhã desta quinta-feira (8). Eles foram com seus maquinários até a Capital, onde tratores e caminhões eram vistos enfileirados na Avenida Evaldo Pereira Paiva, na zona sul e depois em deslocamento até a Casa do Gaúcho, no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho. 


No local, conforme a organização, cerca 3 mil agricultores e pecuaristas se reuniram com o governador Eduardo Leite (PSDB), que participou da iniciativa. O movimento reivindica ajuda e ações mais eficazes por parte do governo federal para o setor, que vem sendo afetado pelas mudanças climáticas.


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Na mobilização, Leite voltou a cobrar soluções por parte do governo federal para a recuperação do setor agropecuário no Rio Grande do Sul, que foi bastante atingido pelas enchentes de abril e maio e também pelas estiagens que ocorreram nos últimos anos. Segundo o governador, as medidas anunciadas são insuficientes para atender às demandas apresentadas pelo segmento, além de, conforme ele, haver uma disparidade  entre o Sul e outras regiões brasileiras em termos de políticas de incentivo federal.


- É a alma empreendedora gaúcha, que diante do clima tem sido tão sacrificada, que invoca a Brasília: agora é a hora de o pacto federativo, com o qual sempre contribuímos para tantas outras regiões, ajudar o Rio Grande do Sul e o agro gaúcho a se reerguer. Quem produz no campo tem urgência e não pode ficar esperando - cobrou Leite, que negou que o movimento seja partidário ou ideológico.


- É um movimento genuíno das bases do agronegócio, que expressa a sua angústia com a falta de resposta às demandas que são apresentadas. Não vamos deixar de nos mobilizar até a vitória daquilo que queremos de Brasília - acrescentou.


Leite também comentou a insatisfação do setor em relação à Medida Provisória nº 1.247, publicada pelo governo federal na semana passada, que conforme ele, não atende as necessidades e nem mesmo foi regulamentada, além de o processo estar sendo demorado e burocrático.


Foto: Jürgen Mayrhofer (Secom RS)


De acordo com a Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetag), pelo menos 30% dos produtores afetados pelos fenômenos climáticos não têm condições de continuar na atividade devido à falta de recursos para investir em estruturas, recuperação dos solos e propriedades, sendo que muitos já estão em atraso com as parcelas de financiamentos.


Os pedidos do setor

As principais demandas do segmento agro ao governo federal são a prorrogação das dívidas por 15 anos, com carência de três anos e juros de 3% ao ano, e crédito para reconstrução, reinvestimento e capital de giro nas propriedades.

 

A abertura do evento contou também com a presença do vice-governador Gabriel Souza (MDB) e dos secretários da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Clair Kuhn; de Desenvolvimento Social, Beto Fantinel; de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo; e de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, além de representantes de diversas entidades representantes do agro.


Na região

Nesta quinta-feira (8), agricultores de Santa Maria e da região estiveram às margens da BR-392, na saída para São Sepé, em manifestações pelo segundo dia consecutivo. Pela manhã, cerca de 20 tratores estavam estacionados no acostamento, próximo a um posto de combustíveis, com faixas do Movimento SOS Agro RS. A projeção é que a iniciativa denominada de “tratoraço” permaneça no local até sexta-feira (9).


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Claudiane Veber

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